Monday 14 July 2008

Pé-de-atleta



O pé-de-atleta é uma micose causada por fungos do género Epidermphyton. Este fungo é um microorganismo capaz de, em condições ideais para se proliferar, causar infecções.
Os fungos desenvolvem-se em todo o tipo de ambientes, porém mais ainda em lugares onde existe pouca ou nenhuma luz, bastante humidade e matéria orgânica morta.
O pé-de-atleta é uma infecção extremamente comum, que ataca mais homens do que mulheres, em geral adultos e é cientificamente chamado de Tinea pedis.
Ele pode incidir na pele e nas unhas, na região dos pés, sendo mais acentuado entre os dedos dos pés e de tratamento mais prolongado quando atinge as unhas.
Quando os fungos que causam o pé-de-atleta (os Epidermphyton) entram em contacto com a pele dos pés, particularmente nos vãos dos dedos, que é a região normalmente mais abafada e mais húmida, surge uma reacção no tecido de modo a combater os efeitos do agente nocivo. O pé-de-atleta, além do desconforto, causa problemas estéticos nos pés. Assim, os pés reclamam quando as unhas se tornam queratinosas e fracas, às vezes curvas, ou quando, por entre os dedos, surgem feridas que causam uma impressão de falta de cuidados ou de higiene.

As feridas podem surgir desde uma pele vermelha que se descama até pequenas bolhas e um formato esbranquiçado da pele, com leves tons cinza, típicos de fungo (de aparência semelhante à casca da laranja contaminada por fungos).
Os pés também reclamam quando começam a sofrer pruridos, ou quando, depois de avançada a micose, são obrigados a esconderem-se dentro dos sapatos quando a pessoa sai à rua.
Os pés não servem apenas para sustentação do nosso corpo, mas também para nossa locomoção e são umas das formas de apresentação no convívio social. Pés bem tratados exibem-se sem reclamar e, para isso, há que se ter os cuidados necessários.
Entre os mais comuns factores de risco estão o uso de sapatos fechados e de meias sintéticas, uma má higiene dos pés, o acto de andar descalço em balneários ou nas piscinas e o stress, que ao tornar mais vulnerável o nosso sistema imunitário, aumenta a facilidade da infecção.
Assim, e mais uma vez, a prevenção revela-se fundamental para evitar esta desagradável infecção. Entre os comportamentos preventivos a adoptar podem ser referidos:

- Lavar bem os pés e enxugar principalmente no espaço entre os dedos.

- Procurar um dermatologista caso se verifique algum sintoma de descamação, dor sob as unhas ou aparência de ‘bolor’ nos espaços entre os dedos do pé.

- Iniciar o tratamento o mais rápido possível após a constatação de pé-de-atleta, lembrando que uma infecção, se mal cuidada, pode desenvolver outras doenças.

- Limpar os sapatos por dentro, usando desinfectante diluído ou álcool, deixando-o secar bem antes de calçar.

- Não usar meias de fios sintéticos, preferindo as de algodão, que são permeáveis.

- Andar o maior tempo possível descalço, dentro de casa, e usar chinelos quando em espaços públicos como piscinas, praias e locais húmidos de grande afluência de pessoas.

O tratamento, geralmente, é feito com pós e cremes antifúngicos, de aplicação local. Se o problema estiver muito acentuado, o médico pode receitar um antimicótico via oral.

Tratamentos

Aromaterapia

Os óleos essenciais antifúngicos mais indicados são os de alfazema, mirra e melaleuca (tea trea); todos eles não só atacam directamente a infecção como também acalmam e cicatrizam. Inicialmente podem ser mais bem aplicados dissolvidos num pouco de álcool puro, a 2-3% de diluição, ou mesmo usados puros, espalhados sobre a pele húmida e infectada; quando a pele estiver mais seca, podem então ser incorporados num creme de base, a 3% de diluição.
Outra base que pode servir é o azeite, que, já por si, parece possuir alguma actividade antifúngica. O óleo de calêndula, ou malmequer tem propriedades terapêuticas e também pode servir de base. Na fase inicial, ajuda fazer um banho de pés com 10 gotas de um dos óleos essenciais mencionados, mas é importante que os pés sejam depois bem enxugados e mantidos ao ar livre o mais frequentemente possível.

Fitoterapia
Aplicadas externamente as tinturas de calêndula (Calendula officinalis) ou mirra (Commiphora molmol) são fortemente anti-fúngicas; deixe a aplicação secar na pele. Se a pele estiver muito húmida, estas duas plantas podem ser aplicadas em pó, se houver, seco ou misturado com pó de talco sem perfume.
A infecção alastrada ou recorrente também pode exigir remédios internos para activar o sistema imunológico - consuma alho (Allium sativa) regularmente, tanto na comida como, eventualmente, em cápsulas; algumas doses de estróbilo (Echinacea angustifolia ou E. purpurea), sob a forma de infusão, tintura ou em comprimidos podem ajudar.

Homeopatia
Os homeopatas também devem recomendar a Calêndula como tratamento local, primeiro a tintura e depois, talvez, o óleo ou uma pomada. Os remédios internos vão depender da natureza da doença - por exemplo, se a zona estiver húmida e a supurar, poderá ter de se escolher Hepar sulfur, Merc sol, Silica ou Sulphur, entre outros, pelo que é mais aconselhável consultar um homeopata habilitado.

Naturopatia
A primeira medida a tomar é assegurar que a região afectada se mantenha seca e o mais bem ventilada possível, na medida em que os fungos responsáveis adoram ambientes quentes e húmidos. Use meias e roupa interior de algodão, mudando todos os dias. O ideal será evitar usar ténis e usar sapatos de pele. Lave os pés e outras zonas afectadas pelo menos uma vez por dia, secando depois muito bem, sem esfregar e aquecer a pele. Utilize pó de talco para ajudar a manter os pés secos. Lave a roupa interior com água bastante quente; os fungos são capazes de sobreviver aos programas de lavagem a baixas temperaturas. Não partilhe toalhas nem calças porque a infecção pode transmitir-se através de contacto físico. Aos banhos de pés podem juntar-se 10-20mL de vinagra de cidra, para um efeito antifúngico mais forte.

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