Saturday 10 January 2009

Alecrim (Rosmarius officialis L.)


Alecrim
Rosmarius officialis L.


Família:
Lamiáceas (Labiadas)

Nomes vulgares:
Alecrim-da-terra, alecrinzeiro ,alicrizeiro. Brasil: Alecrim-do-jardim, alecrim-da-horta, alecrim-rosmaninho, alecrim-do-sul, erva-coroada, erva-da-recordação, flor-do-olimpo, rosmarino.

Planeta:
Sol

Habitat e distribuição:
Arbusto vivaz da zona europeia mediterrânica, cresce em solos secos e pobres, principalmente calcários. Encontra-se em charneiras e pinhais do Centro e Sul do Continente. É muito cultivado.

Origem:
A sua origem remonta às praias do Mediterrâneo. O nome rosmarinus vem do latino que significa "o orvalho que vem do mar", devido ao cheiro das flores vegetando à beira mar. Carlos Magno obrigava os camponeses a cultivá-lo. Foi companheiro dos portugueses nas Entradas e Bandeiras. Antigamente, queimava-se caules de alecrim para purificar o ar do quarto de doentes em hospitais.


Partes utilizadas:

Folhas, flores e óleo essencial.

Constituintes:
Óleos essenciais, ácidos orgânicos, heterósidos, saponósidos, colina, taninos, princípios amargos, flavonóides

Propriedades:
Anti-séptico, antiespasmódico, colagogo, diurético, estimulante, estomáquico e tónico.

Propriedades Terapêuticas:
Bom para os rins e vesícula e equilíbrio da pressão arterial, auxiliando a boa circulação; auxilia nos estados de depressão, dores reumáticas, digestão, facilita a menstruação, combate gota, icterícia é anti-séptico, sedativo, fortalece a memória.
Bochechos de infusão são recomendados para aliviar aftas, estomatites e gengivites.
Asma: fumo de alecrim (reduzir a pedaços pequenos as folhas secas. Fazer cigarro e fumar quando ameaçar ataque de asma).
Reumatismo, eczemas e contusões: folhas cozidas no vinho usadas externamente.
Anti-séptico bucal: infusão comum.
Cicatrizante de feridas e tumores: folhas secas reduzidas a pó ou sumo.

Propriedades Cosméticas:

Vinagre de alecrim ou chá bem forte no cabelo depois de lavado estimula a saúde dos folículos capilares e evita a calvície; Champô para fortificar. Na pele, restabelece o ph natural (é ligeiramente adstringente).
O Óleo de alecrim é bom para passar no corpo após o banho.

Creme de alecrim para lábios sensíveis:
1 colher (de café) de manteiga de cacau, 1/3 de colher (de café) de glicerina, essência de alecrim. Derreta a manteiga, misture a glicerina e o alecrim. Impede rachadura dos lábios ou irritação dos mesmos.

Tónico facial de alecrim:
5 chávena de água, 1 maço de alecrim, 1/2 dose de conhaque. Ferver o alecrim na mistura de água e conhaque por 15 minutos. Filtre e conserve em vidro escuro. Para pele precocemente envelhecida: 50 gramas de alecrim em infusão em 1 litro de água por 10 minutos. Coe e faça compressa no rosto após a limpeza.

Usos Etnomédicos e Médicos:

Internamente: Como normalizador das perturbações digestivas associadas a disfunções hepatobiliares, flatulência, anorexia. Adstringente e diafiorético, aumenta a sudação. Como tónico circulatório e hipotensor.
Externamente: Coadjuvante, no tratamento de reumatismos musculares e articulares, como analgésico e anti-inflamatório nas mialgias, nevralgias e inflamações osteoarticulares, no couro cabeludo como estimulante.

Principais indicações:
Anorexia, digestões lentas e flatulência por disquinesia biliar. Em Balneoterapia, como activador circulatório e anti-reumatismal.

Contra indicações:
Não usar o óleo essencial por via interna durante a gravidez, a aleitação, em crianças menores de seis anos ou em doentes com gastrites, duodenite, síndrome do cólon irritável úlceras pépticas, doenças inflamatórias intestinais ou com doenças neurológicas acompanhadas de tremores ou convulsões e epilépticos

Efeitos Secundários e Toxicidade:
Não usar o óleo essencial puro, por via interna, pois pode produzir cefaleias, convulsões, espasmos, gastroenterites, lesão renal. Pode ser abortivo em doses elevadas. Topicamente o óleo essencial produz rubefacção dérmica, devendo evitar-se a aplicação sobre as mucosas e zonas cutâneas. Em caso de overdose pode causar gastroenterites e/ou nefrites.

Uso caseiro:
Insecticida natural, plantado na horta protege as outras plantas.
Ramos de alecrim frescos colocados entre as roupas defendem-nas do ataque de traças.

Desinfectante de alecrim:
Ferverfolhas e pequenos caules de alecrim por meia hora. Quanto menos água, mais concentrado. Espremer e usar para limpar louças e casas de banho. Para desengordurar melhor, misturar um pouco de detergente. Guardar no frigorífico, dura uma semana.
Os galhos floridos, secos num vaso da casa, estimulam a memória.

Aromaterapia:
Para dores musculares, reumatismo, artrite, prisão de ventre, tosse, sinusite, resfriados, bronquite, enxaquecas, deficiência de memória e cansaço.

História:
A sua origem remonta às praias do Mediterrâneo (o nome Rosmarinus vem do latino que significa "o orvalho que vem do mar", devido ao cheiro das flores vegetando à beira mar). Carlos Magno obrigava os camponeses a cultivá-lo. Antigamente queimava-se caules de alecrim para purificar o ar do quarto de doentes em hospitais.

Lendas e Mitos:
Conta-se que numa viagem Nossa Senhora se sentou à sombra de um alecrim para dar de mamar ao menino Jesus: por isso acredita-se que a planta nunca atinja altura superior à de Jesus adulto. Outro conto diz que a Bela Adormecida foi acordada pelo príncipe com um ramo de alecrim. Diz-se que a Rainha Isabel da Hungria, septuagenária, depauperada pela doença, recuperou a saúde e rejuvenesceu graças ao alecrim.
Os gregos usavam coroas de alecrim em festas, como símbolo da imortalidade. A crendice popular usa o alecrim para afastar o mau-olhado (olho gordo), erva da juventude eterna, do amor, amizade e alegria de viver. A erva colocada debaixo do travesseiro afasta os maus sonhos.
Tocar com alecrim na pessoa amada faz ter o seu amor para sempre. .

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